O município de Guimarães recebeu, nos dias 21, 22 e 23 de julho de 2022, o Comitê de Diversidade e a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar – Cemulher, com o apoio do Instituto Da Cor ao Caso que foi parceiro das ações.

A presença da equipe foi um convite do Comitê da Diversidade do Tribunal de Justiça que está fazendo uma expedição pelos caminhos de Maria Firmina dos Reis, em comemoração ao seu bicentenário.

O objetivo foi promover diálogos, por meio de palestras e visitas às comunidades quilombolas, sobre a questão de gênero, a prevenção da violência contra as mulheres, sobre os direitos das mulheres desses quilombos, sobre o que é violência, sobre o que a Lei Maria da Penha significa de fato e como fazer para que as mulheres possam fazer uso desse direito com plenitude.

Participaram das atividades o prefeito Osvaldo Gomes, o secretário de Cultura Antônio Marcos Gomes, a primeira dama Almerice Ferreira, Mara Carneiro, secretários, vereadores e demais lideranças.

A equipe do Tribunal de Justiça foi composta pela assistente social e coordenadora estadual da mulher em situação de violência doméstica Danielle Bitencourt, a analista judiciária e membro do Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão Joseane Cantanhede, a analista judiciária e direito  Amanda Rolim e a juíza de direito e coordenadora adjunta do Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça Elaile Silva Carvalho.

A assistente social e coordenadora estadual da mulher em situação de violência doméstica e familiar se definiu impressionada com a organização das mulheres quilombolas das comunidades visitadas pelo grupo.

“Ao chegarmos aos quilombos que visitamos, fomos surpreendidos com a organização das comunidades, que já têm seu senso de pertencimento e sua ancestralidade bem representados por essas mulheres com senso de coletividade e nós nos encantamos com as lições, a cultura a história, o empreendedorismo, a força e o Empoderamento feminino. Todas estão de parabéns”.

A professora Solange, parabenizou a equipe do Tribunal de Justiça que trouxe conceitos muito amplos e diversificados sobre os temas de violência contra mulher, Lei Maria da Penha e pediu que os homens participassem junto com suas companheiras, a fim de que eles também possam buscar conhecimento pleno sobre a violência sofrida por qualquer pessoa do sexo feminino e, assim, refletir melhor sobre suas ações neste sentido.

Iranilde Fonseca, moradora da comunidade quilombola de Caratíua, acrescentou:

“Essa palestra veio para somar conosco. Uma porta que se abre para nós em termos de aquisição de conhecimento. Podemos, assim, reivindicar diretos tais quais às vezes nem sabíamos que temos. São ações importantes que nos dão visibilidade e colocam nossas comunidades quilombolas em destaque”.

Joseane Cantanhede, analista judiciária e membro do Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão disse que “tudo foi pensado com muito carinho, pois quando encontramos uma comunidade quilombola organizada, conhecedora de sua história, com projetos onde cada mulher, cada homem, cada jovem e idosos juntos colocam essa história para outras pessoas, mostram o quanto são potentes, valorizam e contribuem para uma sociedade melhor. O Maranhão só tem a ganhar com essas comunidades onde o alimento é cultivado em seu solo e sua gente é empoderada. Nelas, as produções e fazeres merecem ser reconhecidos”.

Além de trazer conhecimento, a visita vai contribuir para o TJ ampliar informações sobre Maria Firmina no evento que vai homenageá-la.